Imóveis tradicionais perdem valor diante das novas construções sustentáveis
O custo da energia está alto e pode aumentar ainda mais. Um dos principais desafios do país e dos clientes consumidores de energia atualmente, é encontrar soluções econômicas significativas para superar os “arrombos” em relação ao cenário energético e hídrico, que preocupa a sociedade e influencia drasticamente o setor econômico.
As principais maneiras de produzir energia disponíveis na matriz energética brasileira são, basicamente, hidroelétricas, termoelétricas, usinas nucleares, e essas soluções demandam tempo e altos investimentos o que não resolveria a curto e médio prazo a situação. Utilizar melhor a energia e reduzir as perdas através da execução de projetos de eficiência energética é a forma mais rápida e de menor custo para a sociedade.
Se considerarmos a média de economias comprovadas nas edificações brasileira,s observaremos um potencial de redução médio de 30% no consumo de energia elétrica, quando falamos em construção sustentável, onde a eficiência energética desponta como um dos principais temas.
Cresce no país a mobilização de organizações e associações trabalhando no incentivo às práticas de construção sustentável e economia de energia. Vários pontos devem ser observados para reduzir o desperdício de energia em edificações, onde os principais sistemas consumidores de energia elétrica são a climatização e a iluminação. A envoltória do prédio é outro ponto que deve ser observado, pois atua diretamente em todos os sistemas consumidores da edificação. Ou seja, realizar estas transformações trará benefícios imediatos para a sociedade e com menores custos, garantindo para o país praticamente o montante de energia produzida pela Usina de Itaipu. Também significaria reduzir em 65% o uso das Termoelétricas, reduzindo emissões poluentes e economizando quantias financeiras relevantes aos cofres públicos.
Segundo o site Sustentarqui, para o cliente final é uma redução de R$ 35,2 bilhões, e cabe ressaltar que a readequação energética (reformas/ retrofits) também pode resultar em inúmeros benefícios diretos e indiretos para o Governo, iniciativa privada e sociedade. No mercado brasileiro de edificações já é possível encontrar diversas soluções e serviços especializados em eficiência energética.
Os proprietários de imóveis devem se informar sobre a perda de competitividade frente aos novos empreendimentos, que se diferenciam em face da eficiência operacional das construções sustentáveis. A cada casa construída com eficiência energética e hídrica, desvalorizam-se as construções antigas e tradicionais. E no andar da carruagem, o proprietário que não transformar o seu imóvel, ficará com o mesmo, encostado ou terá que aceitar a desvalorização constante que se acentuará, a medida que se torne irreversível a degradação do país em relação aos seus recursos naturais.