O bom negócio na construção civil.

​A sustentabilidade tem sido uma palavra corriqueira nos anúncios de TV, nas discussões empresariais, em muitos selos verdes criados pelo mercado, e chegou também à indústria da construção civil. Mas afinal, o que todos se perguntam é: isso é uma moda, uma onda que vai passar ou esse movimento veio para ficar?

Quando falamos em sustentabilidade, devemos levar em conta os lados econômico, social e ambiental. Temos de buscar a solução que englobe esse tripé.

É interessante observar o crescimento exponencial dos empreendimentos que hoje buscam as certificações de sustentabilidade construtiva. Eles reforçam o entendimento desta tendência que já se consolida no mercado, principalmente para os incorporadores que querem mitigar os riscos do capital investido. Mais sustentável do que construir casa nova é reformar a antiga. Preserva aquilo que está bom, não gera muito resíduo e custa menos. O passo seguinte é respeitara legalidade.Ainda existe aquele mito de que para ser sustentável éprecisoser exótico. Você pode usar tinta à base de água ou tijolos artesanais, mas o mais importante é não gerar muito entulho, comprarmaterial com nota fiscal e evitar o desperdício.

Além disso, a perspectiva de sobrevivência econômica deverá assegurar cada vez mais a preservação ambiental, os cuidados sociais e culturais como uma quebra de paradigma para aqueles que não se atentam para isso.

O enfoque financeiro já se encontra bastante claro, o ambiental ainda não, mas grandesdiscussões têm sidorealizadas para se estabelecer predominância ambiental de produtos e serviços. E é esta a preocupação que está levando as empresas a investirem de forma crucial e definitiva na sustentabilidade, por ser, no momento a conduta essencial para qualquer negócio que deseje prosperar.

Os custos e os benefícios

Uma obra que não começa com fins sustentáveis é como um carro fora de linha. Como um ‘Dojão’, por exemplo, grandão, beberrão e obsoleto na sua utilização diária. Economicamente podemos demonstrar que, quando nasce no projeto um empreendimento verde, os custos de inovação inclusos nos custos de consultoria especializada são baixíssimos, se comparados a qualquer alteração que precisemos fazer nas fases de obra, e maiores ainda, caso comparados com os gastos pela não inserção das medidas sustentáveis nos 40 a 50 anos de uso e operação de um empreendimento.

Hoje comprar um empreendimento certificado também ajuda muito o público leigo, que entende que esse modelo de construção assegurará a eficiência energética. Um exemplo são os eletrodomésticos, todos já sabem que devemos comprar equipamentos com selos PROCEL. O mesmo acontecerá com as edificações. Algo que faz bem para todos não tem como ser temporário. Torna-se definitivo.